Nunca tivemos uma criança

De todas as aventuras que tivemos, essa não está entre elas. Conhecemos muitos lugares e pessoas, mas nunca fizemos uma. De certo modo foi bom, pois pudemos escolher mais caminhos, por outro, agora parece tão solitário. 

A luz começa a dissipar a neblina e o sol me esquenta por inteiro, o calor reconforta e acalma como um abraço amoroso, mas etéreo, sem forma ou volume. Aquilo era tudo que lhe restava agora, lembranças de um passado que não chegou a existir mas que valeu a pena cada segundo imaginado. 

Todo o amor dos dois foi o mais sólido que poderia, e suas crias foram as mais belas memórias que uma pessoa poderia ter.



Autoria: Gregório Matoso

Postar um comentário

Copyright © Narrativas Londrinenses. Designed by OddThemes