Nós éramos iguais

Tenho pensado no episódio adverso que vivenciei. Prezados, tenho compreendido melhor como o cansaço pode prejudicar o nosso funcionamento cerebral. Desde aquele dia, decidi que dedicaria ainda mais tempo para o lazer, e assim tenho feito. O trabalho está em segundo plano, quer dizer, está em último. Estou doente, não havia percebido antes, mas depois do episódio macabro, tenho certeza. Ora, como eu poderia estar vendo outra pessoa semelhante a mim? Eu sempre fui o único filho, aquele que foi planejado e ansiosamente aguardado. Possuo os meus registros, os meus familiares distantes que podem confirmar os fatos e, muitas, mas muitas fotos de toda a família. Infelizmente, por ocorrências da vida, nem papai, mamãe, vovô ou vovó podem creditar a história, mas são fatos. Apesar dessa certeza, preciso relatar que coisas estranhas seguem acontecendo. 

Ontem, pela noite, após uma confraternização agitada com alguns colegas, decidi que precisava refletir sobre a minha vida. Sozinho, fui até o aterro que geralmente é usado como espaço para jogos e exercícios. Sentei-me, retirei o celular do bolso, buscava observá-lo, mas a visão turva por conta dos drinks dificultava a compreensão total do que aparecia na tela. Chequei as horas, quase 00h, precisava voltar para casa. Minutos antes que eu pudesse partir para a minha residência, o telefone tocou. Do outro lado, uma breve voz diz:

— Você não pode voltar.


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