Na última semana, enquanto desfrutava de mais um momento de descanso da rotina, decidi que faria uma breve caminhada pelo lago, algo que não fazia há tempos. O céu estava lindo, a grama verde-brilhante, a água, em sua maestria, refletia um lindo raio de sol. Há dias em que a fauna e a flora entram em sintonia, e esse era um deles. Tudo ia bem, até que, ao me sentar em um dos bancos que rodeavam o lugar, algo peculiar e assustador se posicionou em minha visão. Um homem caminhava pelo local, vestia roupas como as minhas, usava sapatos como o meu, o boné da mesma cor e, ao se virar, pude notar. Céus! O homem era igual a mim!
O outro
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A rotina não nos permite desfrutar de todos os mínimos prazeres que a vida nos concede. Bom, era assim que eu pensava, até decidir que, às vezes, era preciso fugir do escritório. Consegui convencer a minha chefe de que, com as folgas esporádicas, o meu desempenho seria melhor. Não, querido leitor, o diálogo não foi fácil e ela não concordou de início. O fato é que tem sido muito proveitoso redescobrir a cidade que o trabalho se empenhou em cobrir, ao ocupar toda a minha rotina. As fugas têm permeado lugares diversos, tenho sentido infinitas sensações boas, mas ainda há algo errado.
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