O corpo no lago

 


Aparentava ser só mais um dia comum, o lago exalava aquela pacacidade costumeira, apenas suas águas agitavam-se mais que normal. Contudo, não era motivo para chamar atenção de algum transeunte que vez ou outra passava por ali.

Ele havia chegado mais cedo que o normal, por conta do feriado prolongado que teria naquela semana. Então combinou com sua amante para se encontrarem uma hora antes. 

Começava a garoar e, pela sétima vez, consultava o relógio atado em seu pulso, a cada olhadela seu rosto contorcia-se de aflição. Não aceitaria ser deixado plantado ali como parte da paisagem, iria atrás dela e exigiria satisfação. No entanto, lembrou-se que jamais havia perguntado onde ela morava.

Levantou languidamente, prometendo a si mesmo esquecê-la e nunca mais voltar àquele lago. A passos lentos, caminhou pela estrada revestida de cascalhos à beira d'água, sentia-se humilhado. Passou as mãos no rosto, estava úmido, seria a garoa ou… Não conseguiu terminar sua digressão quando seus olhos pousaram em um corpo de mulher boiando de bruços na superfície do lago, todo inchado e deteriorado.

Quais serão seus próximos passos?

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